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Eu, eu mesma e Pepa Funny

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Alguém tentando escrever o próprio roteiro, buscando fazer dos dramas uma comédia, da ficção algo real e do romance a mais linda história de amor.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Inocência bandida ou inocência roubada.

Cada vez que penso neste filme me sobe um frio na barriga, além das atuações brilhantes dos protagonistas mirins ele também trás uma diferença que me chamou a atenção, ele é diferente de outros filmes nazistas, ele acontece na forma isolada de mostrar uma família alemã no período nazista, e não o quanto uma família judia sofria, o que normalmente vemos em outros filmes, nada de guerra ou mortes expostas, mas a guerra interna que esta família estava sofrendo depois que descobriam o que o pai fazia realmente. Na verdade acontecia uma guerra, mas ela era interna, dentro da própria casa. Mas este fato não foi o que mais me comoveu. Como ex professora de crianças tenho noção da inocência que as cerca, e acho que você também, apesar de concordar também que hoje em dia as coisas já não são mais como antigamente e que boa parte desta inocência foi corrompida, mas o filme não foi filmado como atual mesmo. Para explicar melhor o que mais me comoveu neste filme irei contar um fato verídico.
Certa vez vi numa escola uma menina com Síndrome de Down indo fazer sua matrícula, todas as crianças a aceitaram muito bem, não conseguiam ver nenhum problema nela, na verdade até a ajudavam, mas com o passar do tempo a professora começou a notar algo de diferente nas crianças, elas estavam se distanciando da menina, quando pôde analisar melhor a situação percebeu que os pais não estavam permitindo o contato entre as crianças com insegurança de que seus filhos obtivessem um retardamento no aprendizado.
É inexplicável a forma como os adultos podem corromper uma criança. São eles que tiram toda a pureza, delicadeza e riqueza que só o coração de uma criança pode apresentar. Não estou buscando escrever nenhum clichê aqui, mas somos nós, os adultos que geramos as pessoas egoístas e maldosas do futuro.
Bruno não sabia verdadeiramente o que se passava naquele campo de concentração, estava fantasiado de coisas falsamente ditas sobre o lugar, mas por que mentiam para ele? Porque sabiam que estavam errados. E mesmo quando tentaram explicar para Bruno quem eram os judeus no ponto de vista alemão, ele ainda não conseguia compreender porque já havia enxergado a verdade através de Schmuel, seu amiguinho judeu. Bruno não foi corrompido e a omissão lhe trouxe conseqüências. Então fiquei pensando naquela velha situação “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. É isso o que nos reserva o futuro? Uma “ infância medida por sons, aromas e visões antes que o tempo obscuro da razão se expanda”.? (parafraseando “O menino do pijama listado)
Para não perder o hábito de dizer uma de minhas frases preferidas......”e assim caminha a humanidade.”

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