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Eu, eu mesma e Pepa Funny

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Alguém tentando escrever o próprio roteiro, buscando fazer dos dramas uma comédia, da ficção algo real e do romance a mais linda história de amor.

sábado, 17 de julho de 2010

A felicidade quase nunca vence....

Esta semana vi pela segunda vez o filme "Amor sem escalas", o que me inspirou a tudo o que irá suceder.
Que incrível e diferente minha inspiração vir de um filme!!! Claro que fui irônica, mas também não vim aqui para falar sobre isso, após 2 meses sem escrever o mínimo que poderia fazer é falar sobre algo possivelmente decente. Então.... vamos lá!!!

O personagem de George Clooney (Ryan Bingham) faz palestras em empresas sobre o que as pessoas deveriam ou não carregar em suas bagagens da vida, e que as pessoas devem esvaziar suas mochilas constantemente, tudo aquilo que nos cerca ele cita, sendo bens materiais ou não, devem ser colocados para fora da mochila. O filme nos trás um foco pelo ponto de vista do Ryan, mais ou menos citado acima (se você viu ou não o filme não se preocupe, irá entender o tópico, mas recomendaria ve-lo porque é muito bom), no entanto o que vim dizer hoje é o que pensei enquanto ouvia a tal "palestra". Já percebeu que as pessas realmente NUNCA estão felizes por aquilo que possui? Sei que provavelmente já ouviu e pensou nisso de várias formas, assim como eu, mas pense em Ryan como palestrante: Nunca iria errar, realmente poderia ser altamente bem sucedido apenas expondo suas palestras pelo simples fato das pessoas não estarem felizes com o que tem, o que ele falasse serviria pra qualquer um dentro de qualquer ambiente. Fiquei pensando na mulher com família para cuidar por exemplo, num certo ponto ele pede para colocar a família dentro da mochila e logo após pede para tirar porque são itens que pesam, faz doer as costas, nos faz ficar doentes, e a mulher totalmente iludida realmente vai querer fazer isso porque naquele momento por um impulso imagina como seria sua vida sem aquilo tudo. Ou pense num homem que não possui família mas que tem aquele emprego que lhe sobrecarrega o tempo todo fazendo as alças da mochila querer arrebentar. Pense no adolescente e suas crises na escola tendo que carregar duas mochilas, aquela literal e a nossa mochila metafórica obviamente. Pense até na pessoa que não possui responsabilidades, aquela que definitivamente não quer fazer nada, mas que tem que arcar com vários fatores que a sociedade impõe que com certeza não faz dela uma pessoa completamente feliz, sua mochila é tão vazia que o torna numa pessoa completamente só. Até mesmo uma pessoa famosa, aquela que a gente mais sonha ser muitas vezes queria possuir nossa vida em vez da dela, e não estou sendo nenhum pouco utópica aqui.

A questão é que todas as pessoas iriam querer esvaziar suas mochilas, nem sei se posso colocar isso de uma forma generalizada, mas minhas experiências com todo o tipo de pessoas me levam a crer desta forma, definitivamente ninguém está feliz com o que tem.

Mas o que é mais interessante para mim observando tudo isso, é que após todo o drama que coloquei, a maioria destas pessoas não irão querer esvaziar suas mochilas, algumas porque estão acomodadas outras que por mais que reclamem amam realmente tudo o que possui. O fato é que por mais que a gente esperneie ao quatro cantos do mundo realmente nunca vai estar nem 50% daquilo que queremos (Se alguém por ai tiver tudo aquilo que deseja por favor se apresente para que minha esperança e de mais bilhões de pessoas possa aumentar).

Tudo o que vivenciamos deve ser colocado na mochila e ao olhar para tal item lembrar se realmente posso ou não confiar naquilo, se eu perceber que é para jogar fora vou jogar então, mas acho que nunca devemos esvaziar a mochila completamente, por mais que seja pesada e causa dores é isso que vai tornar minha vida mais interessante, porque são as experiências que nos tornam pessoas inteligentes e capacitadas. Penso que saber o que carregar é mais difícil do que carregar, nunca estamos felizes com o que temos porque na verdade não sabemos o que devemos ter, às vezes o que pensamos ser o certo ou o bom não é, e vice versa, são as experiências que nos ensinarão a saber o que carregar e eu acredito meu amigo que se eu estaremos com 80 anos um dia e ainda ficaremos em dúvida.

Mochilas foram feitas para serem carregadas e nós somos feitos pra carregá-las. Sem negativismos mas a felicidade quase nunca vence. O que dizem é que "depois da tesmpestade vem a bonança" e eu digo que após a bonança também vem a tempestade.

Mochila pesada, mochila leve, mochila pesada, mochila leve e é assim que a gente continua, com a mochila sempre cheia, seja o que for porque no fim ninguém quer chegar lá sem nada para dizer que conquistou.